Objetivo é garantir a locomoção de cadeirantes, deficientes visuais e portadores de outros tipos de necessidades especiais, já que a Lei de Acessibilidade prevê colocação do piso tátil e rampas de acesso nos imóveis comerciais e residenciais
Vereador Willian Veloso, um dos autores do projeto que modifica o Código de Edificações da Capital: "O arcabouço jurídico está completo, falta à população mais empatia com as pessoas com deficiência e fazer as intervenções necessárias" / Fotos: Divulgação
A Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara Municipal de Goiânia aprovou nesta quarta-feira (6/7) a instituição de um prazo de 36 meses para que os imóveis comerciais e residenciais com mais de 15 anos se adéquem à Lei de Acessibilidade. O objetivo do texto, que precisa ser aprovado em plenário, é garantir mais acessibilidade às pessoas com deficiência e às que têm mobilidade reduzida.
O projeto é assinado pelos vereadores Lucas Kitão (PSD) e Willian Veloso (PL), que buscam a adaptação dos imóveis antigos ao Código de Obras e Edificações do Município de Goiânia. Tais imóveis terão que se adequar à NBR 9050, que define os aspectos de acessibilidade a serem observados nas construções urbanas e que devem ser seguidas por imóveis antigos com previsão de aplicação de penalidades pela prefeitura àquele proprietário ou representante legal que não fizer as devidas adequações.
Willian Veloso, que é cadeirante, explica que na prática essas adaptações são a colocação do piso tátil para os cegos e calçadas com equipamentos de engenharia (piso adequado para que pessoa com mobilidade reduzida e/ou cadeirante) para que todos tenham possibilidade de independência e autonomia para percorrer esse espaço.
“Essas adaptações estão previstas na norma NBR9050, que determina qual tipo de piso, qual a inclinação correta das rampas. O arcabouço jurídico está completo. Falta à população ter mais empatia para com as pessoas com deficiência e realizar as intervenções necessárias”, explica o vereador.
“É uma iniciativa que se faz necessária nos prédios comerciais e também nos prédios públicos da capital”, reforça Willian Veloso.
Vereador Lucas Kitão, um dos propositores do projeto
Os autores do projeto colocaram um prazo de 36 meses para a adequação das edificações mais antigas à lei que já é exigida para os imóveis mais recentes. Eles entendem que a exigência das normas reguladoras já é prevista para novos empreendimentos, por isso se faz necessário estabelecer um período para que os prédios antigos realizem as devidas adaptações para garantir o acesso de todos.
“É um projeto que tem o objetivo de exigir e adaptar as antigas edificações à realidade das pessoas que têm mobilidade reduzida e solicita a adaptação destes imóveis para atender à população, melhorar a mobilidade e humanizar as pessoas com dificuldade de locomoção em Goiânia”, declarou o vereador Lucas Kitão.
O texto foi aprovado por unanimidade entre os membros da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara sem nenhum óbice do relator, Bruno Diniz (PRTB), e do presidente da Comissão, Henrique Alves (MDB), que solicitou pedido de vistas, mas entendeu que o projeto faz a adequação daqueles prédios antigos à Lei de Acessibilidade e dá um prazo razoável para o cumprimento da lei.
Após a aprovação na Comissão, o projeto seguirá em tramitação na Casa, onde ainda precisa ser apreciado em plenário em duas votações. Se aprovado, dependerá de sanção do prefeito para tornar-se lei.
Receba nossas notícias
Por Géssica Veloso
01/08/2022 11:06
Sugestão de matéria
Em: 06/07/2022 16:24