Logo começará a campanha eleitoral e vai valer de tudo. E haverá aquele mais apaixonado que levantará a bandeira de um candidato pensando em fazer parte do círculo poderoso, para ser beneficiado
Este ano, muitos eleitores irão para a rua, vai brigar, defender com unhas e dentes o seu candidato que concorre a um cargo eletivo // Imagem: internet
Como está escrito na Constituição brasileira de 1988, todo poder emana do povo. Esse mesmo povo irá às urnas no mês de outubro deste ano para eleger digitando o número do seu candidato a presidente da República, senador, deputado federal, deputado estadual e governador de Estado. Alguém será eleito, alguém terá o poder de legislar, governar e receber as benesses que o Poder Legislativo e o Poder Executivo oferecem para cada um deles.
Logo em breve começará a campanha dos futuros candidatos. Vai valer de tudo.
Da parte dos candidatos, haverá denúncias de desvio de verbas, corrupção, má administração. Falarão até da vida pessoal do adversário, que ele ou ela é infiel, adúltero, que várias vezes foi visto traindo seu cônjuge.
Que ele ou ela não acredita em Deus por não seguir a doutrina de alguma religião. Haverá ainda aquele mais apaixonado que levantará a bandeira de um candidato, pensando em fazer parte do círculo poderoso, para ser beneficiado de alguma forma, com um emprego ou uma assessoria para não fazer nada.
Esse eleitor irá para a rua, vai brigar, dar bordoada, defender com unhas e dentes o seu candidato que concorre a um cargo eletivo, afirmando que seu futuro patrão é probo e tem mais competência que seu adversário, que, se eleito, ele irá trabalhar na assembleia, Câmara dos Deputados ou no palácio do governo.
Não sabendo ele que tudo não passa de um teatro, uma encenação pura, depois que terminam as eleições eles sentam em torno de uma mesa farta, com suas melhores roupas e decidem o futuro do país, estado e município e aquele que empunhou a bandeira, defendeu, brigou não é lembrado para nada, fica desempregado.
Quando vai falar com o político que foi eleito, ele ouve, “o governo não me deu nada”. Mas aquele que ficou em cima do muro fala para os outros, “fulano não está conosco por ser truculento, brigão, muito verdadeiro”. Por isso está desempregado. E cabo eleitoral que tinha a pretensão de ser reconhecido por ter se dedicado, sendo fiel, tem que se contentar com o que lhe dão e ficar agradecido.
Ele será lembrado só dois anos depois para as eleições municipais. E assim a política continua quem antes era inimigo hoje é amigo; quem difamava, hoje tece elogios. Político não tem amigo ou inimigo, ele tem aliado ou adversário, ou seja, todos são amigos. O sistema não pode parar, eles estarão em cartazes sorridentes, fazendo obras sociais.
Valteude Guimarães Ferreira, aposentado e bacharel em Direito.
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Por Géssica Veloso
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Em: 07/01/2022 19:29