Foram vinte dias de fuga alucinada, o ser desprezível que assassinou brutalmente uma família criou coragem de enfrentar tudo para ficar impune.
Foto: Divulgação
Ante qualquer opinião proposta, é de se admirar tamanha coragem em um indivíduo pouco forjado na balística, no entanto, suas atitudes vis e cruéis, derrubam qualquer sentimento de carisma por esse que agora navega em terras desconhecidas. Objeto de desejo para os meios de comunicação, sua história “ingloriosa” no mínimo nos fez adquiri curiosidade a respeito de seu passado não honroso. Quanto mais conhecíamos a respeito do agora “Downed hominem”, mais nos perguntávamos quem errou? Será que foram os pais de Lázaro? Será que foi sua condição social? Será que foi a justiça brasileira? Cheguei a uma conclusão! Existe algo maior, que pode sim ter contribuído para que o hominem Lázaro, se sentisse corajoso o suficiente para cometer seus atos inglórios e para que enfrentasse as forças de segurança com a certeza de que estaria impune.
Foram vinte dias de fuga alucinada, o ser desprezível que assassinou brutalmente uma família criou coragem de enfrentar tudo para ficar impune. Sua atitude de enfrentamento foi construída por sua vasta experiência na geografia daquele local, porém apenas essa experiência não construiria sua coragem. Ao analisarmos seu passado sombrio, temos comprovados diversos fatos que corroboram para a criação de um ser desprezível e destemido. No ano de 2007 Lázaro começa a sua experiência criminosa após ter cometido dois homicídios em sua cidade natal, Lázaro ficou quinze dias no meio da mata e se entregou para a polícia, no entanto acabou fugindo dez dias depois e desapareceu. No 2009 foi detido novamente, desta vez por estupro e porte de arma de fogo, agora no Distrito Federal. Apesar de tantos crimes graves, Lázaro recebeu em 2014 progressão de pena para o semiaberto, e pasmem, em 2013 esse mesmo indivíduo teria sido diagnosticado como “psicopata imprevisível”. Como resultado da progressão de pena ao “canonizado” algoz, em 2016 fugiu do Complexo Penitenciário da Papuda e ficou dois anos sem pistas de seu paradeiro. No ano de 2018 foi recapturado pela policia militar de Águas Lindas de Goiás – GO, no entanto novamente conseguiu abrir um buraco no teto do presídio e fugiu do cárcere necessário. Sua vida criminosa agora lhe rende prazer em zombar das forças de segurança, afinal a polícia prende e pouco tempo depois está novamente livre para cometer suas atrocidades. Como resultado de sua vasta experiência criminosa, Lázaro se sentiu na liberdade de desafiar as forças de segurança pública, seu ego inflado o fez acreditar que seria invencível. O ignóbil ser sentiu-se abraçado por pessoas que compactuaram com seus crimes e impediu a paz que reinava naquele local pacato.
E quem errou para que Lázaro fosse tão maquiavélico e audacioso em suas ações? Apenas uma resposta me coube, Lázaro reles ser, teria se encorajado pela legislação penal branda, qual necessita de reforma com extrema urgência. Esse algoz não foi beneficiado por um judiciário bondoso, ou até mesmo por uma falta de estrutura carcerária para detê-lo, (apesar de ter fugido por três vezes), Lázaro foi beneficiado de uma legislação madre que não consegue ressocializar um carcerário e devolve os reclusos piores do que entraram. Não é apenas aprisionar, o grande objetivo é reeducar o indivíduo, é ressocializar um errante no convívio. O resultado final deste caso é o resultado alcançado por milhares de outros Lázaros, talvez não tão eloquente em seus atos, porém que se sentem a vontade de confrontar com as forças de segurança pública. É necessária uma reformulação da legislação penal e adequação a realidade atual, além de uma política de inclusão e oportunidade aos reclusos, Benjamin Franklin disse: “O trabalho dignifica o homem!”, ensino e oportunidade dentro dos presídios. É certeza que se esse país investisse mais em educação e segurança pública, indivíduos outrora infratores da Lei mudariam o destino de suas vidas tortuosas. Ainda tem jeito, basta os legisladores aspirarem esse mesmo propósito.
Daniel Levi Santos Moura – Formado em Gestão de Recursos Humanos pela UNIP, servidor público estadual e acadêmico do curso de Direito/UEG.
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